sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Marcou o Rolê! #05

Sessão Marcou o Rolê! no ar, agora todas as sextas-feiras na área registrando os principais acontecimentos da semana do skate de Brasília e Entorno, do Brasas e da Gringa.


A foto da semana é completamente dedicada ao espírito "do it yourself" (faça você mesmo) e com relação ao CHURRASKATE III, evento da comunidade do skate do Gama/DF, independente no melhor estilo o verdadeiro skate nunca morre. Tá chegando, bôra geral! \o/

Abrimos o rolê pela Capital Federal com os principais destaques, assim como na foto da semana por aqui também registramos os preparativos para o CHURRASKATE III, evento que irá rola no skatepark do Gama/DF, vamos colar; Seguindo o bonde e abrindo o baú, vale registra mais uma vez o nostalgico TRIBAL PARK, pista de skate montada no Parque da Cidade em Brasília/DF; Por fim, e ainda no baú, um salve ao rolê de JP Dantas e Alex Carolino, apresentando o skate em Brasilia, no programa gringo Brazil - A to B. Check & Play:



Num giro rápido pelo Brasas, passamos pelas principais noticias que circularam nessa semana, OI STU na Bahia um dos mais comentados do momento com direito da Fadinha sempre voando alto, Rayssa Leal "Fadinha" e João Lucas Xuxu vencem o STU QS na Bahia; A sessão Trocando ideia! apresentou o PODCAST do BlackMediaSkate; A sessão Fica à Dica! deu check no Respira, Amanhã é Outro Dia!; Apertamos o play na sessão Trilha com Antihorario - BEATS; Saiu na cemporcentoSKATE o Pega o Beco – Costume; E por fim na sessão Para Entrar no Gás o lançamento mais esperado do ano, o ÖUS – Gato Preto, uma produção sem igual, foda da Chek & Play:



E para finalizar destacamos notícias diretas da Gringa, o lançamento do Babel da Blaze Supply quebrou toda banca, produção muito foda que vale a pena vê várias vezes; Mas fechamos mesmo com o brasuca Lucas Rabelo marretando pesado na videopart pela Flip Skateboards. Check & Play:



E assim encerramos mais um Marcou o Rolê! Boas sessions...

Vista apresenta: T Ö S K Ø



Críticas políticas e um humor ácido, é o que encontramos nas criações de TÖSKØ. Auto denominando-se como a criança esquecida dos anos 90, ele trata sobre o “0 compromento estético padrão” – aspecto com o qual a gente se identifica puramente. Tosko contou pra gente que desenha desde os 5 anos de idade e lá pelos 15 começou a se identificar com o movimento Punk anarquista e junto vieram as pautas LGBTQ+, o feminismo e a luta contra o racismo. Para ele, essas lutas sociais eram como o “pacote da revolução”, diferente do que vemos hoje: Pink money e empresas que se apropriam de causas para lucrar. Como Tosko diz, o capitalismo sempre acha uma forma de silenciar a revolução. Afinal, o dono do dinheiro costuma sempre ser o opressor. 


“Não podemos esquecer da luta de classe, da opressão do rico sobre o pobre, da miséria e desigualdade do nosso país. Um país onde a maioria é negra e ainda assim, o racismo velado não perde força. Onde as maiores buscas porno são para travestis, e elas são as que mais morrem por aqui.” Diz ele.

Entrevistamos esse personagem, que de cara soubemos que tinha muito a nos ensinar, pra você conhecer e imergir na realidade dele, se liga:
– Conta um pouco de você, como começou a se relacionar com a arte e usá-la como ferramenta de luta/protesto? 

Desenho desde os cinco anos de idade, com 13 eu já escutava Racionais, mas aos 15 anos fui apresentado ao movimento Punk Anarquista, e junto com isso às pautas LGBTQIA+, luta contra racismo, o feminismo. A 15 anos atrás essas lutas não estavam tão segregadas, para mim era “o pacote de revolução”. Hoje está tudo tão apropriado por empresas multinacionais. O capitalismo sempre acha uma forma de silenciar a revolução, por que quem tem o dinheiro, ainda é o homem branco hétero. 

Não podemos esquecer da luta de classe, da opressão do rico sobre o pobre, da miséria, desigualdade do nosso país. Um país onde a maioria é negra, mas ainda assim, o racismo velado não perde força. Onde as maiores buscas porno são para travestias e elas são as que mais morrem por aqui, com uma estimativa de 33 anos de vida. É certo isso?… Bem, voltando… No punk eu aprendi a fazer serigrafia, fanzine, entendi que arte tem uso, não serve só para vernissage com rico cheirado falando merdas egocêntricas.

O Punk me mostrou que você não precisa de permissão. FAÇA VOCÊ MESMO.


– E sobre o “0 compromento estético padrão”? (a gente curte muito isso)

Bom, essa máxima vem como um revelador de prioridades no meu trabalho. Pois existe sim muito comprometimento, mas nunca com a estética nem com o padrão. Me comprometo com a luta de classes, com a crítica as minorias ricas, brancas e heterossexual, que alem de se comportarem como se fossem maioria, literalmente matam meus irmãos e irmãs. Então esse termo pode parecer apenas um Niilismo. Mas não! É coletivo e revolucionário. 

– Qual a influencia do skate, rap e punk no seu trampo? 

Eu sou a criança esquecida dos anos 90. Sou de 89, fui criado na rua, periferia de São Jose, descalço nas lajotas, pisando em ponta de cigarro. Era obvio que o Rap o skate conversavam com todos os meninos do bairro, tanto pela época, quanto pelo fator marginal. Isso reflete no meu trabalho porque todos somos esponjas, não podemos criar sem referencias, e as minhas são e sempre serão essas. Ande de skate e destrua!


– Hoje você consegue se sustentar com o que ganha trabalhando com sua arte e as vendas das camisetas e adesivos? 

A seis anos atras eu decidi que eu viveria do que produzo, e não enriqueceria mais nenhum burgues safado! Diferente da Betina, eu não tinha nem um centavo guardado em lugar nenhum, nem papa e mama. Levou esse tempo, 6 anos, para hoje eu sobreviver com minha produção. o complicado foi acreditar que alguém compraria o que eu desenhava. por mais que muitos amigos dissessem, “faz camisetas! seu trabalho é muito fod*”, eu vendia meus quadros, fazia cartazes para shows, mas não tinha coragem e nem dinheiro para começar a fazer esse lance de camisetas. Mas eu sempre fiz as paradas e meti a cara, comecei com pré vendas, e usava o dinheiro da pessoa para produzir a camiseta dela, e foi indo. Hoje estou me alimentando, alimentado meus gatos e cachorros e pagando minhas contas com o t0sko.





Curtiu? Para ver mais sobre o trampo de T0sko siga o Instagram @t0sko
Se você também produz arte ligada a cultura urbana, entra em contato com a gente pelo Instagram @VistaSkate ou pelo e-mail luisa@vista.art.br

Fonte: vista.art.br

Vans 66/99

Desde os anos 1970, a Vans se dedica em criar tênis autênticos para skate com o input e feedback crítico de alguns dos mais lendários skatistas profissionais do mundo, com o britânico Geoff Rowley chegando bem próximo do topo dessa lista.


Celebrando 20 anos desde seu lançamento original, o Rowley Classic é automaticamente reconhecido por todos os skatistas que cresceram nos anos 2000. Prestamos homenagem à essa profunda história com a inscrição “66/99” que marca o ano de fundação da Vans e o ano de lançamento do primeiro tênis assinado por Rowley.

Como a cultura pop e skatistas amam olhar para o passado para buscar inspirações futuras, é importante salientar a importância desse tênis. Quando foi lançado, todo tênis de skate parecia uma grande batata (ou pantufa ou pão-doce, dependendo de onde você está e qual é sua gíria local) construída com sola-caixa, desenvolvida sem precisão em mente.

O Rowley Pro mudou isso ao marcar o renascimento da sola vulcanizada em tênis de skate. Os tênis mais baixos eram melhores que o resto, com um boardfeel melhor para manobras mais técnicas, maior durabilidade e conforto aprimorado para aguentar os maiores gaps, escadas, hubbas e corrimãos – alguns dos principais motivos de Rowley ser tão reconhecido como skatistas.
 


Como prova, em 2000, Rowley foi nomeado o Skater of the Year pela Thrasher usando seu então novo pro model nos pés. Quando a Bíblia do skate te nomeia o melhor do ano, pouco mais importa. Você oficialmente alcançou o status de “lenda”. O mesmo aconteceu com o tênis assinado pelo Rowley.

A coleção Rowley Classic estará disponível nas Vans Stores (Morumbi, Ibirapuera e Bourbon), em vans.com.br e em revendedores autorizados a partir do dia 28 de Agosto de 2019.

Isso É Off The Wall – “Vanguards”