sábado, 21 de setembro de 2013

Ta Em Casa | O skate na música ou a música no skate? | KAMAU

Ta em casa na área apresentando os principais sons ligados ao skate na cena local, nacional e internacional. Desta vez em edição especial, acompanhamos o site SKATE SAÚDE, que algum tempo atrás soltou uma matéria muito massa, sobre " O skate na música ou a música no skate?" que retrata muito bem e de maneira completa a relação da música com o skate e o skate com a música, e devido ao nosso grande fascínio pela matéria vamos apresenta aqui a vocês por partes e agora finalizando com chave de ouro com o KAMAU, confira na sequência a entrevista realizada pelo SKATE SAÚDE (SS) e fechando com o som de trabalho:


Por SKATE SAÚDE,
   A música é a arte ou ciência de combinar sons de modo agradável ao ouvido, uma forma de expressar sentimentos ou de relembrar bons momentos. O Brasil é um país com uma cultura musical bem ampla contendo muitos estilos que acabam sendo a trilha sonora de nossas vidas. O skate tem uma ligação muito grande com a música, partes de vídeo são lembradas não só pelas manobras, mas também pela trilha sonora. Muitos skatistas tocam algum instrumento e acabam formando bandas, outros expressam o dia a dia das ruas cantando. Prova disso é que o Skate Saúde conseguiu entrevistar três grandes nomes da música brasileira, mais precisamente o rap. O que eles têm em comum? Antes de qualquer coisa, são skatistas! É com muita alegria e satisfação que apresentamos os três entrevistados do mês para falar sobre música e principalmente skate, Doncesão, Parteum e Kamau confiram agora um pouco da trajetória destes três skatistas-músicos ou músicos-skatistas.

KAMAU



Nome: Marcus Vinicius também conhecido como Kamau
Idade:34 anos
Tempo de Skate: 22 anos
Local: Tucuruvi, ZN, SP

SS- Kamau você era um dos locais da antiga ZN (pista de skate) quais lembranças você tem deste pico histórico do skate paulistano e quais eram os outros picos que você costuma andar no início da sua carreira?
Eu lembro da primeira vez que fui pra pista e fiquei da hora que abriu até a hora de fechar. Meus ollies não eram dos melhores e eu pulava o barril de aéreo, segurando do chão. Me lembro que o Reco era um molequinho e já dava todos os tipos de blunt que eu conhecia. Devo muito da minha vida no skate à ZN. Andei por um bom tempo em pistas: Prestige, ZN, São Caetano e até algumas visitas à Polato em Guarulhos. Mas se escolhesse dois lugares pra continuar andando seriam a ZN e o Vale do Anhangabaú. Gostava bastante da Roosevelt também quando tinha os bancos laranja na parte de baixo.

SS- Você fez parte da Anhangabau Family, quem fazia parte desta crew e como eram as sessões noVale?
Fui convidado pelo Leandro Gringo e pelo McGregor e fiquei muito feliz com o convite. Já andávamos juntos por lá. Gringo, McGregor, Torreta, Anjinho, Regi, Charles, Sucrilhos, eu, Roberto Dosanjos, Pregueiro e Bozo, se não me falha a memória. Toda sessão no Vale era legal, mesmo que ficássemos só conversando enquanto estava lotado e dominássemos no período noturno.

SS- O que te influenciou ou te motivou a ser um MC?
KL Jay me perguntou um dia o porquê de eu não rimar, já que tinha boas idéias e acompanhava bem as letras dos MCs brasileiros e gringos que eu gostava. Achei que tinha algo a dizer e tentei fazer o melhor possível para dizê-lo. E continuo tentando.

SS- Até hoje a marca Urbanus é lembrada pelo seu time de skatistas no qual você fazia parte, como era fazer parte desta equipe?
Elton Shin foi o principal fator de eu fazer parte dessa equipe. E Denilson de Morais era a arma secreta e muito sangue bom também. Esses dois e Julio Prodigy foram as pessoas com quem eu mais me relacionei na marca e são os que ainda estimo. Tive também a oportunidade de conhecer Campo Grande e encontrar Helmut Dentinho, Carlos The Fome e fazer um rolê por lá. Foi a melhor parte dessa "fase".

SS- Tive a oportunidade de assistir muitos shows seus, no Indie Hip-Hop, o aniversário do Non Ducor Duco no Hole Club e recentemente o feito aqui em Guarulhos na festa Da Rua alem de alguns outros e sempre é muito grande a quantidade de skatistas na platéia, podemos dizer que você faz música “de skatista para skatista”?
Eu faço música pra quem gosta de música. Talvez muita coisa do meu ponto de vista de skatista sobre o mundo se reflita no que eu digo, pois é fato que enxergamos a rua, a cidade de um modo diferente. Talvez venha daí a identificação. Sem contar o fato de que muitos dos meus amigos e parceiros de sessão compõem a platéia. E o skate é um grande difusor da música que eu faço, nos vídeos, revistas e lojas.

SS- Um vídeo de skate marcante para mim é a edição 64 do 411VM especial sobre o Brasil, onde a música “Poesia de Concreto” foi trilha da parte do Rodrigo TX, como aconteceu esta oportunidade e o que isto acrescentou na sua carreira?
O fator importante para a carreira foi um pequeno reconhecimento na carreira. E me senti honrado por fazer parte da trilha de um de meus amigos e ídolos: Rodrigo TX. Também a honra de ter feito a trilha da parte do OG, um ídolo pra vários de nós. Anthony Claravall estava no Brasil pra filmar e o conheci através do Rodrigo. Trocamos idéia e ele me pediu uns sons. Dei uns cds na mão dele e foi isso. Quando fiquei sabendo foi por um e-mail pedindo autorização para usar as músicas. Foi através dos vídeos que conheci muito do que conheço hoje musicalmente e, talvez, ouvir minha música num vídeo causou a mesma sensação em alguém em algum lugar do mundo.

SS- Você realizou um sonho que a grande maioria dos skatistas tem que é um dia poder se profissionalizar, como foi este momento?
Não me profissionalizei da maneira mais correta. Conversei várias vezes com meu patrocinador na época e ele sempre recuava quando se falava em dinheiro. Descobri que ele me "passou" pra profissional quando vi um anúncio da marca. E da mesma maneira descobri que tinha saído da marca quando vi um anúncio sem meu nome. Faltou hombridade. Mas tive também apoio da Crail e o Sérgio foi o primeiro a me tratar como profissional, colocando as cartas na mesa devidamente e acertando como seria o trabalho. Tive alguns models de shape e sempre tentei passar nos gráficos mais que apenas um desenho, um enfeite. Meu primeiro model foi pela Value e tá guardado junto com os outros até hoje. Corri campeonatos e encontrei os amigos na sessão. Tive partes em vídeo também, fotos em revista. Só aumentou a responsa do que eu já fazia. Não me arrependo, mas, se pudesse refazer, começaria melhor essa etapa.

SS- Outra recordação que tenho é de você narrando alguns campeonatos de skate, como é trabalhar neste outro lado do skate?
É bem legal e muito tenho a agradecer a Daniel Arnoni por isso. Na época em que comecei a narrar foi pela associação direta que viam entre eu e o microfone, porque eu já rimava há algum tempo. E assim eu podia viajar pra todos os campeonatos, encontrar os amigos, dar risada e trabalhar com o que gostava, garantindo uma grana. A parte ruim era não conseguir andar direito, pois tinha que estar atento ao campeonato o tempo todo e ser sempre um dos primeiros a chegar e últimos a sair, tendo que ficar em período integral na pista. Sinto falta disso um pouco.

SS- Recentemente você lançou um model de shape pela Future, conte-nos como foi este projeto e o que você acha da campanha de valorização do promodel aqui no Brasil?
Acho legal ter meu nome novamente associado à Future, marca que comecei junto com Fabio Brandão, Márcio Conrado e Marcelo Kyioshi. Nunca perdi os laços com a marca e fico feliz em acompanhar a evolução da marca. A campanha pra valorizar o promodel existe desde 2006 nos Estados Unidos e foi idealizada por uma associação de marcas. Acho que ela pode atingir mais pessoas aqui se for devidamente conversada com a indústria. Mas valorizo a iniciativa.

SS- No início deste ano encontrei você no centro de SP e andamos alguns quarteirões juntos e pude perceber algumas pessoas te reconhecendo na rua e vindo conversar com você, sendo que algumas delas não possuem o perfil de fãs tradicionais do hip hop ou do skate, como é lidar com este assédio todo e principalmente levar o rap nacional a outro patamar de reconhecimento? Ainda não me acostumo com o reconhecimento e, principalmente, com algumas abordagens. Mas sou bem tranqüilo e paciente, consigo conversar na boa com as pessoas e agradecer a consideração que recebo. Estou trabalhando pra trazer o melhor no rap que faço e se ajudo o crescimento do rap com esse trabalho, mais satisfeito fico.

SS- Cite alguns ídolos ou influencias sua tanto no skate como na música?
Kareem Campbell, Stevie Williams, Ray Barbee, Jamie Thomas, Eric Koston, Thronn, Bob Burnquist, Rodrigo TX, Maurício Xixo, Alexandre Ribeiro, Marcelo Barneiro, Matosão, Geninho, Alexandre Vianna, Haroldo Carabetti, Fabio Luis, Alexandre Tizil, Nilton Ribeiro (Ton), Erasmo Sucrilhos, Martin Gringo, Pietro Balducci, Thiago Lemos, JN Charles, Danilo Cerezini, Cesar Gordo. São muitos na real mas todos tem até hoje um impacto na minha vida e no meu skate. Na música são muitos também. Os mais notórios são Racionais, DMN, Posse Mente Zulu, A Tribe Called Quest, De La Soul, Gangstarr, Jeru, Little Brother, Pete Rock & CL Smooth, Black Moon, Hieroglyphics e Jay-Z. Mas é muito mais que isso. Dos atuais destaco Blu, Pac Div, Tiron, Oddisee, Sam The Kid, LMNO, Invincible e Finale. Mas tem muito mais também.

SS- Como você enxerga o futuro do skate, imagina onde isso pode chegar?
Hoje vejo coisas que antes considerava impossíveis. Então é difícil prever. Mas o futuro é bem promissor.

SS- Uma musica sua que tenho escutado muito é 21/12, em muitos momentos chego a me emocionar, pois vejo fatos que aconteceram comigo ali na música, como surgiu à idéia de fazer esta música e o que você aprendeu de mais importante nestes 21 anos de skate?
A idéia surgiu pelo meu envolvimento com esse número desde que Anderson Tuca, meu amigo de longa data, me falou sobre o misticismo desse número. Desde então temos visto esse número em vários lugares e somos quase uma irmandade em torno dele. Eu, Tuca e Flavio Samelo. Quando me dei conta desses números no ano passado em que eu fazia 21 anos de skate, andando desde os 12 e 12 anos de rap, rimando desde os 21, achei que seria legal abordar o tema de uma forma que não dissesse exatamente sobre skate ou sobre rap e refletisse nas coisas que as pessoas levam pra sua vida que realmente a mudaram. E essas duas coisas: o skate e a música são as que tiveram mais impacto sobre minha vida até hoje. O que aprendi de mais importante foi como ver o mundo de forma que os obstáculos se tornem plataforma pra espetáculos, se é que me entendem. E agradeço cada amizade que o skate me trouxe.

SS- Esta havendo uma corrente muito grande no twitter pedindo rap nacional na TV aberta, e o seu nome é um dos mais citados para aparecer, o que você acha deste movimento e como você encararia a participação em um programa assim?
Acho legal essa movimentação, pois é algo legítimo e sincero. O rap sempre se mostrou avesso às grandes mídias e muitos não souberam lidar com a situação quando ela realmente apareceu, tanto público quanto artistas. Muitos até hoje recusam propostas que nunca lhes foram feitas. Eu encararia de forma natural se fosse algo que me permitisse mostrar meu trabalho sem alterações e/ou censuras. Claro que isso dentro do razoável, sem abusar do espaço. E recusaria se comprometesse minha integridade artística ou ideológica, como já recusei.

Agradecimentos: Primeiro agradeço pelo espaço pra expor as idéias e parabenizo a iniciativa. Agradeço a toda minha equipe desde o Dj até a Assessoria de Imprensa. E também a todas as pessoas que acreditam, consomem e fortalecem a arte que faço. Música pra gente, música pra mente, música pra sempre. E skate no pé enquanto o corpo agüentar.


Fonte: SKATESAÚDE.

TROPICALIENTS PRIMEIRA IMPRESSÃO


No dia 11 de setembro foi exibido na Drop Dead skatepark a vídeo parte “Primeira impressão” com os skatistas Felipe Espínola e Luiz Gaida. Antes do lançamento aquele role básico na pista e o momento chill para curtir a Vista 049, que tem matéria com os Tropicalients, clicada pelo Diego SarmentoAssista agora Felipe Espíndola e Luiz Gaida em “Tropicalients Primeira Impressão”. Check:



Fonte: VISTA.

1º Skate Vert Game



Os skatstas participantes do 1º Skate Vert Game estão gostando muito deste novo método de campeonato no cenário vertical. Além de não ter toda aquela pressão de campeonato com o público presente e de ter que acertar a sua volta para poder chegar a final, em poucas chances (normalmente 2 voltas), os skatistas estão livres para andarem a semana toda, e se dedicar a uma única manobra. Todos estão evoluindo e aprendendo manobras novas...

Veja o vídeos da primeira dupla, para ter uma ideia de como e evento está puxando o nível dos skatistas Amadores.

Batalha 1 - Alan Rezende x Murilo dos Santos


Fonte: SKATEVERTBRASA.

Jéssika Barreto e Euli Vieira – Conexão GO/SP


Rolê noturno das divas Jéssika Barreto e Euli Vieira, na Pista do Itão, em Goiânia-GO. Check:


Fonte: DivaSkateras.

Inauguração da nova loja da Skate Fire Shop! (Ceilândia)


Hoje a partir das 09hrs da manhã entre as quadras QNP 13/17 do P. Norte Ceilandia/DF, rola a Inauguração da nova loja da Skate Fire Shop! Na 13/17 do P.Norte em frente uma igreja verde. Inscrições para o Game of Skate das categorias : Mirim R$5,00, Iniciante R$5,00 e Amador R$10,00. Premiação, Shape para todas as categorias!

Tel.: 3541-1023
Email: skatefireshop@gmail.com
Endereço da loja : QNP 15 Conj. A casa 23 P.Norte Ceilândia DF