Recentemente veio a tona um assunto muito conturbado que é a relação Skatistas Vs. Polícia, principalmente pela intensificação e exposição de casos recentes, várias manifestações puderam ser observadas, desde as mais extremas quanto as mais diplomáticas entraram no contexto da discussão. Acreditamos que este debate, deve sim, ser enriquecido pois é necessário que compreendermos o todo, para aí sim, trabalharmos uma solução.
Diante deste embate recorremos a uma matéria recente, escrita por Douglas Prieto, que foi ao no site da CemporcentoSKATE, intitulada "Versus", confira e vamos troca ideia!...
Respeitar pra ser respeitado, uma regra básica da civilidade.
Não vou compartilhar vídeos que propagam/divulgam/denunciam a violência. Todo mundo já viu, todo mundo já sabe. Violência é abominável.
Pra partir de uma premissa, recorro ao inquestionável Thronn, que afirma: "Todo skatista é folgado". Está em nossa natureza. E talvez seja bom que assim continue. Skatistas de verdade já sofreram com preconceito, desprezo, ignorância. E isso os tornou oposição, na linha do "se hay gobierno, soy contra". Só que maus skatistas passam do ponto em muitas ocasiões. Basta ver o comportamento de iniciantes, amadores e profissionais em campeonatos. Sempre tem alguém andando fora de hora, fora de lugar, atrapalhando e desrespeitando os demais. O Paulinho Davi e o Kamau sabem lidar bem com essa meia dúzia, que sofre de uma desesperadora e doentia necessidade de chamar a atenção.
Infelizmente, não tenho feito sessões com a frequência que gostaria. Mas mesmo assim, voltando um pouco no tempo já consigo me lembrar de duas demonstrações idiotas que presenciei recentemente: na passeata do dia do skate, imbecis destruíram lixeiras e amassaram placas de sinalização, vandalizando o centro de São Paulo. Outra noite, na Av. Paulista, caras que não sabem dar um ollie teimavam em abrir a tampa de um dispositivo do Corpo de Bombeiros, criando um obstáculo extremamente perigoso para os pedestre e completamente inútil para o skate. E se achavam com a razão.
Existe maus arquitetos. Maus advogados. (Muitos) maus políticos. E maus policiais. Essa profissão, desamparada pelo Estado, muitas vezes contrariada pela justiça e jogada na rua numa guerra desigual com a bandidagem, vive sob tensão extrema. E os menos preparados (que são muitos) acabam descontando em quem não merece. Até pra mostrar um simples documento do carro é preciso ter cuidado. Em muitas situações, é como lidar com um pit bull: você pode ser atacado mesmo sem fazer nada. Se der motivo, a chance de ser mordido é enorme.
Entendam: isso não pode ser uma guerra. É respeitar pra ser respeitado. E violência é abominável.
