quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Trilha da Sessão | DJ Mako


Para ilustra o primeiro quadro do Trilha da Sessão de 2015, apresentamos 
a entrevista de DJ Mako ao Olho de Peixe, em Setembro do ano passado.

Por YOka,
Meu entrevistado da vez é Victor Makoto, mais conhecido como DJ Mako. DJ, beatmaker, professor, comediante, Mako é um dos caras mais ocupados que eu conheço, vive a típica vida do “Paulistano 1000 Voltz”, aprimorando a cada dia a façanha de estar em dois lugares ao mesmo tempo…e acredite, as vezes ele quase consegue.

Após passar alguns anos acompanhando MCs como Lurdes da Luz, Shawlin e o grupo Subsolo (ex Quinto Andar). Atualmente Mako está mais focado em trabalhos solos como produtor, recortando samples, gravando instrumentos e prensando discos.

E o ano de 2013 foi muito importante pra oficializar essa nova fase, Mako reuniu músicos como Marcelo Cabral (Criolo) e Mauricio Takara (Hurtmold) e produziu seu primeiro trabalho de carreira solo em vinil, o Compacto 7″ de 3 faixas instrumentais intitulado Mako 7″.

O EP foi parar na Europa por meio de um distribuidor de música brasileira em Berlin. Em seguida uma das faixas foi relançada por um selo francês e ganhou conhecimento de um produtor de cinema britânico, virou trilha sonora de uma das cenas do longa metragem e assim concluiu um ciclo de êxito internacional logo de cara.

Dificilmente um primeiro projeto solo de um artista independente consegue atingir tantos êxitos sem uma equipe de produção, media e marketing. Além dos belos beats que fazem parte desse EP, à que você atribui essas conquistas que teu primeiro trabalho solo teve?

Acredito que ao longo da minha caminhada como DJ e envolvimento com a música fui conhecendo muitas pessoas, vários MCs, DJs, músicos instrumentistas, cantores, grafiteiros. Comecei tocando em umas festas e eventos, aprendi fazer uns beats, consequentemente fui criando um pequeno público que sempre me perguntavam se eu ia lançar um trampo meu mesmo e finalmente consegui, até então só havia lançado beats em discos de outras pessoas ou coletâneas e gravado uns scratches em algumas faixas.

Antes de nos aprofundar no que ta rolando nos dias de hoje, eu gostaria de saber quando e com quem você começou esse rolê como DJ. Quem eram os caras que te inspiravam na época e que abriram os caminhos pra você começar teus próprios trabalhos?

Na década de 90 eu trampava filmando shows e festas de rap com um grande amigo meu, o Deng, do Rio Pequeno, nessa época eu dançava break, andava de skate e ouvia rap. A gente colava nos shows (naquele tempo rolavam vários festivais grandes de rap), no palco ele ficava com uma câmera e eu com outra e íamos registrando tudo. Eu sempre falava pra ele que achava foda a função do DJ. Certo dia ele me apresentou pro DJ Cia aí comecei a colar lá todo final de semana pra treinar, com ele e o Everton (irmão dele a gente tinha até uma banca de DJs q chama FDS) depois ele falou pra eu colar nos ensaios no Helião e eu ajudava nos shows, carregava e ligava os toca discos e deixava do jeito pra ele chegar e arregaçar no show. Nessa época conheci os caras, Helião, Sandrão, Negro Util, Bem Bom, Pixote, Calado, Dina Di, Veio Badu, Sabotage, que era muito humildão, ele me falava que respeitava e gostava muito da cultura japonesa e sempre me pedia pra ensinar umas palavras em japonês.

Mais pra frente, quando o coletivo Quinto Andar acabou e virou Subsolo, me chamaram para ser o DJ oficial do grupo. A faixa “Cidade de Mentiras” já tinha scratch gravado pelo Primo (que trampou comigo na faculdade até – que ele descanse em paz) e tinha scratch gravado pelo Castro tembém. Cheguei para somar e gravei a intro e todos os outros scratches do disco.

Atualmente, quais estilos musicais, sons e artistas te inspiram a moldar e desenvolver teus trabalhos?

Tenho ouvido e pegado mais discos de jazz (maioria instrumentais), soul e música brasileira ultimamente, tipo Osmar Milito, Karma, Curtis Mayfield, Monty Alexander, etc.. Os raps eu gosto mesmo da era 90s, não tem jeito, sei que tem bastante coisa boa saindo agora mas é a fase do rap que mais me marcou.

É fácil perceber no disco, essa influência do jazz que você tem, igualmente aos maiores nomes do hip-hop oriental, como Nujabes, Kero One, Dj Mitsu…você acha que já traz isso no sangue inconsciente ou existe ai algum fator marcante que te levou pra esse lado?

Mano eu aprecio muito o trampo de todos esses manos que você citou e o som deles me toca muito, tento fazer uma parada com a “minha cara” mas se no final do dia se o resultado fica parecido com os trampos dos caras que curto fico feliz! Vira e mexe aparece um pessoal do Japão no meu facebook falando que gostaram do som também. Fico bem orgulhoso disso pois meus pais vieram de lá nos anos 40, passaram um mês no navio até chegarem aqui, se depois de várias décadas minha arte chega até lá, o mínimo é eu ter muita gratidão.

E no disco? Como foi juntar essa textura ao trabalho do Cabral e do Takara? Eles parecem ter sacado bem a pegada, não?

Os beats do 7” eu já imaginava gravar uns instrumentos, gosto dessa fusão de eletrônico e orgânico, oCabral tocava comigo na banda da Lurdez e eu sempre mostrava uns beats meu pra ele quando íamos ensaiar e perguntava: “Ae, essa aqui dá pra gravar um baixão né? hehehe até que um dia falei sobre o projeto e ele topou na hora.

O Mau (Takara) também, mesma fita, a gente ia andar de skate e eu mostrava uns beats no fone mesmo e ele falava que dava pra gravar fácil. A idéia inicial era ele gravar bateria mas ele falou que a bateria estava do jeito já que ele podia gravar trompet e synth, concordei na hora e marquei um horário no C4Lab (atual Movido), estúdio do Gustavo Mendes. A Master foi feita pelo Mike Fossenkemper em Nova Iorque.

Outro cara que também sacou a idéia e conseguiu por a mesma energia no papel foi meu irmão gordão Flip, quando mostrei os sons pra ele e comecei a falar da capa ele já foi rabiscando num papel com um pincel e chegou muito perto do que ficou no final.


Na mixtape “Sou Daqui”, que você acabou de lançar na internet, tem muito dessa influência do jazz né?

Tem sim! como eu disse, eu to numa fase (a muito tempo já) de pegar muitos discos instrumentais brasileiros, faz uns 5 anos mais ou menos, já tinha essa idéia de fazer essa mixtape faz tempo, tinha separado vários discos mas nunca tinha parado para gravar. Por falta de tempo e até mesmo disciplina mas coloquei na cabeça que tinha que sair, fiquei umas madrugadas selecionando e gravando e aí chegou. Meu irmão Sosek que representou na ilustração da capa. Estou pensando na próxima já..

Pra quem ainda não escutou a mix, como faz?

Chegue no www.soundcloud.com/djmakosp/eusoudaqui curte, compartilha, mostra pra família, pros amigos. A ANTI que é um selo que tenho com o Lum vai lançar em outro formato logo mais..

Eu to sabendo de alguns projetos que você ta envolvido atualmente, como a produção da faixa “Koan” no novo disco do Elo da Corrente e o esperado trabalho da dupla Gato Congelado & Lumbriga, intitulado “Ordem Natural”. O que você tem a dizer desses trabalhos?

Os caras do Elo da Corrente são meus irmãos, a Koan a gente começou sampleando uma bateria eletrônica dos anos 70 que tenho lá e acabou que o Arthur Verocai fez uns arranjos de cordas, levando a música para um lugar bem bonito.

O Ordem Natural, é um projeto novo/velho que faço parte, novo porque o nome que era da dupla Gato Congelado e Lumbriga mudou e a formação também agora além de DJ tem um guitarrista que respeito e admiro muito, Marcelo Munari. É um projeto que eu participo mesmo, produzo, dou ideias, xingo, discuto, um projeto que acredito muito.

E pro futuro Makō, oque é que tem de bom?

Tenho várias idéias, algumas começando mas melhor não falar por enquanto.. Vou tentar manter a energia, você tá ligado! coisa de japonês hehehe

Antes da gente acabar, eu quero que você prometa aqui que vai responder os emails em menos de 1 semana e o whatsapp em menos de 12 horas, da pra cumprir o acordo?

Vou me esforçar!!!

Se quiser mandar um salve pra alguém, agora é a hora!

Deus, Minha família…pra todo mundo mano, se eu for escrever o nome de todos que eu quero aqui não vai ter fim. Um salve pra você YOka que sem você o disco não sairia também, vou te agradecer pra sempre, mano. Outro pro meu irmão Beto Macedo, que é meu agente agora.. pra me contratar é só ligar pra ele. (11) 98442-1603, muito obrigado, muita paz!!

Mais informações:

Foto por: Beto Macedo.

Fonte: OlhodePeixe

Olho de Peixe | Um dia na vida de Ricardo Porva


Nascido em Cáceres – MT, atualmente morando em Uberlândia com sua família, Ricardo Porva, mostra um pouco do seu dia a dia. Profissional desde os anos 90, representou o Brasil na Europa e EUA por muitos anos e hoje explora o seu país. Check & Play:


Imagens/edição: José Luiz Asevedo

Fonte: OlhodePeixe.

FUNHOUSE apreseta: Game of Skate e Best Trick no solo


Funhouse apresenta: Game of Skate e Best Trick no solo.
Dia 07 de fevereiro (sábado) no Conic - DF, a partir das 13:30h.
Inscrições gratuitas e serão feitas na hora, apenas 32 vagas.
Aberto
Não percam!

Olho de Peixe | Tour Kronik – Rio de Janeiro


Confira como foi a tour da marca Kronik com toda equipe, Ítalo Romano, Carlos Piolho, Wagner Ramos, Marcelo Formiga, Lehi Leite, Renato de Sousa, Bruno Melão e Lucas Rabelo nos picos famosos do Rio de Janeiro como Praça Duó, Rio Sul, Praça das Barcas e Praça XV. Check & Play:


Imagens/edição: Diogo Ramos

Fonte: OlhodePeixe

Skate and Constroy no Tagua Park (08/02)



A Freestyle realizará no dia 08 de Fevereiro, a partir das 09h00 na pista de skate do Tagua Park, o Skate anda Destroy. O objetivo do evento é fazer benefícios no local, tornado-o skeitavel. Teremos nesse mesmo dia campeonato no formato de Jam Session nas categorias Mirim, Iniciante, Amador, Master e Feminino.

Inscrições:
Antecipado: R$ 10,00 + 1 kg alimento
No local: R$ 20,00 + 1 kg alimento
Obs: Inscrições antecipadas apenas na Freestyle Skate Shop de Taguatinga/DF.
Endereço: CNB 01 Lote 06/07 Loja 17, dentro da Galeria CNB 01 Próximo a Praça do Relógio
Mais informações: (61) 3562-9115 ou (61) 8401-6551

Vai ser imperdível!!!