Texto: Renata Oliveira / Fotos: Dennes Ferreira,
O evento idealizado por Estefânia Lima, fundadora do Divas Skateras, aconteceu simultaneamente em 14 estados do Brasil. Algo inédito no mundo.
“Foi um sonho realizado, minha vontade sempre foi juntar as meninas em uma sessão, mas como a distância geográfica não nos favorece, rs! Formei um grupo e pouco a pouco as meninas foram dando ideias e mais ideias e o que era pra ser uma sessãozinha, acabou virando esse evento com o apoio de 100 marcas. Para muitas meninas foi a primeira experiência com organização de evento, agora elas pensam em movimentar mais a cena.”
Além de impulsionar as meninas a continuarem andando e se unindo cada vez mais, o Divas Sessions também abraçou várias causas sociais.
“Se depender de mim, todos os eventos do Divas apoiará uma causa”
Esse rolezão mostrou que o skate feminino continua mais vivo do que nunca. E que as meninas querem sim, devem e vão ocupar o espaço que também é nosso. Confira essa entrevista na íntegra.
Como que surgiu essa ideia de uma sessão simultânea?
Estefânia: Desde que o Divas surgiu em meados de 2006 meu sonho era juntar todas as meninas numa sessão, como isso não era possível devido a distancia geográfica, as meninas me enviaram fotos andando e eu fiz o primeiro dvd do Divas. Depois de 13 anos a gente fez um movimento desse, todas as dificuldades, de ter mantido o projeto vivo, todo o meu tempo dedicado, de todo o tempo de todas as meninas que colaboraram, porque se não fosse por cada uma delas o Divas Skateras não seria o que é hoje. Eu não imaginava tudo isso, o tanto de coisas boas e de amizades que eu fiz.
Quais as maiores dificuldades vocês encontraram?
Estefânia: Eu lancei a ideia paras as meninas em Fevereiro desse ano, logo após eu viajei, estava fora do país, então nos falávamos às vezes. Quando eu retornei faltavam menos dois meses a data que a gente tinha estipulado, foi aí que comecei a dar uma motivada nelas, a botar quente e aí que a gente foi mexendo, cada uma correndo atrás no seu estado pra fazer acontecer e muitas meninas nunca tinham organizado evento, mas tinham disposição e muitas delas vieram me agradecer pela oportunidade, porque elas estavam aprendendo a lidar com pessoas, com imprevistos, coisas que ela não estariam vivendo se não tivessem abraçado essa ideia. Para mim em particular, o mais difícil foi dar um suporte pra elas, sabe? Porque a gente já criou um vinculo, elas confiam muito em mim e elas sempre pediam minha opinião se fossem fazer alguma coisa e eu dar conta de dar a atenção merecida, foi foda. O que eu achei o mais massa foi que elas não se limitaram, elas foram pensando grande e me surpreenderam muito.
Desde o início foi idealizado que o evento apoiaria causas sociais ou surgiu ao longo do projeto?
Estefânia: Eu sou bem sensível a causas sociais e eu pensava muito em como eu poderia agregar isso, usar o skate pra ajudar o próximo e me veio isso na ideia do Divas Session que já aconteceu algumas vezes aqui em Cuiabá, uma vez no RJ e uma vez em Brasília, se chamava Divas Sessions beneficente. Então eu pensei por que não cada estado apoiar uma causa? Então a gente tá fazendo uma grande corrente do bem e se depender de mim, todos os eventos do Divas serão em prol de alguma causa.
Qual era a sua expectativa em termo de visibilidade pro skate feminino e principalmente o amador?
Estefânia: Sobre a visibilidade, eu acho que não esteja sendo só pro iniciante, amador ou profissional, está sendo pro skate feminino. É tudo skate. Eu também tô sempre acompanhando nas redes sociais a repercussão que está tendo então eu estou vendo muitas associações, federações, muitas skate shops, muitos perfis pessoais dos caras compartilhando, então tudo isso faz parte para que o evento seja um sucesso. Tudo isso que tá acontecendo uma união gigante, a gente uniu mais de 100 marcas, juntando todas que apoiaram em cada estado.
Qual foi o saldo geral do evento, foi além da expectativa de público, de incentivo mesmo pras meninas? Na real é uma motivação para continuarem andando e agora com a possibilidade delas organizarem os seus próprios eventos porque normalmente o skate feminino fica muito a mercê dos eventos masculinos, de ter uma categoria feminina (quando tem).
Estefânia: Então, quando eu dei ideia pras meninas foi só uma sessãozinha básica ali, se reunir. Mas aí a gente conversou ali no grupo, elas foram lançando ideias e já foi tomando uma proporção maior, o que é o máximo. Sobre o que o Divas Sessions deixou pra elas, assim, muitas nunca tinham organizado um evento e elas não sabiam dessa capacidade delas então elas já disseram que se animaram pra movimentar mais a cena, organizar mais eventos. Isso é bom que despertou essa gana de não deixar morrer o skate feminino. Também tem aquela questão da valorização da premiação que não é migalha nenhuma, igual acontece muitas vezes ainda e infelizmente quando é campeonato organizado pelos caras e outra coisas conversando com elas, todo mundo saiu ganhando alguma coisinha, isso é legal.
Pra finalizar, aquele velho saaalvê!
Estefânia: Primeiramente para todas organizadoras que abraçaram a ideia sem pensar duas vezes. Aos apoiadores, patrocinadores, as mídias todas, as nacionais e locais, como é o caso da Central e amigos né, porque sem eles aqui em Cuiabá não teria acontecido, eu sempre tive o apoio deles e dessa vez não foi diferente e eu sou muito grata. Agradecer as meninas de Londrina e Porto – Portugal, que mesmo não tendo evento na cidade delas, foram lá e se reuniram para comemorar esse dia. A todos que diretamente ou indiretamente ajudaram, foram muitas energias nesse evento!
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Renata Oliveli
O evento idealizado por Estefânia Lima, fundadora do Divas Skateras, aconteceu simultaneamente em 14 estados do Brasil. Algo inédito no mundo.
“Foi um sonho realizado, minha vontade sempre foi juntar as meninas em uma sessão, mas como a distância geográfica não nos favorece, rs! Formei um grupo e pouco a pouco as meninas foram dando ideias e mais ideias e o que era pra ser uma sessãozinha, acabou virando esse evento com o apoio de 100 marcas. Para muitas meninas foi a primeira experiência com organização de evento, agora elas pensam em movimentar mais a cena.”
Além de impulsionar as meninas a continuarem andando e se unindo cada vez mais, o Divas Sessions também abraçou várias causas sociais.
“Se depender de mim, todos os eventos do Divas apoiará uma causa”
Esse rolezão mostrou que o skate feminino continua mais vivo do que nunca. E que as meninas querem sim, devem e vão ocupar o espaço que também é nosso. Confira essa entrevista na íntegra.
Como que surgiu essa ideia de uma sessão simultânea?
Estefânia: Desde que o Divas surgiu em meados de 2006 meu sonho era juntar todas as meninas numa sessão, como isso não era possível devido a distancia geográfica, as meninas me enviaram fotos andando e eu fiz o primeiro dvd do Divas. Depois de 13 anos a gente fez um movimento desse, todas as dificuldades, de ter mantido o projeto vivo, todo o meu tempo dedicado, de todo o tempo de todas as meninas que colaboraram, porque se não fosse por cada uma delas o Divas Skateras não seria o que é hoje. Eu não imaginava tudo isso, o tanto de coisas boas e de amizades que eu fiz.
Quais as maiores dificuldades vocês encontraram?
Estefânia: Eu lancei a ideia paras as meninas em Fevereiro desse ano, logo após eu viajei, estava fora do país, então nos falávamos às vezes. Quando eu retornei faltavam menos dois meses a data que a gente tinha estipulado, foi aí que comecei a dar uma motivada nelas, a botar quente e aí que a gente foi mexendo, cada uma correndo atrás no seu estado pra fazer acontecer e muitas meninas nunca tinham organizado evento, mas tinham disposição e muitas delas vieram me agradecer pela oportunidade, porque elas estavam aprendendo a lidar com pessoas, com imprevistos, coisas que ela não estariam vivendo se não tivessem abraçado essa ideia. Para mim em particular, o mais difícil foi dar um suporte pra elas, sabe? Porque a gente já criou um vinculo, elas confiam muito em mim e elas sempre pediam minha opinião se fossem fazer alguma coisa e eu dar conta de dar a atenção merecida, foi foda. O que eu achei o mais massa foi que elas não se limitaram, elas foram pensando grande e me surpreenderam muito.
Desde o início foi idealizado que o evento apoiaria causas sociais ou surgiu ao longo do projeto?
Estefânia: Eu sou bem sensível a causas sociais e eu pensava muito em como eu poderia agregar isso, usar o skate pra ajudar o próximo e me veio isso na ideia do Divas Session que já aconteceu algumas vezes aqui em Cuiabá, uma vez no RJ e uma vez em Brasília, se chamava Divas Sessions beneficente. Então eu pensei por que não cada estado apoiar uma causa? Então a gente tá fazendo uma grande corrente do bem e se depender de mim, todos os eventos do Divas serão em prol de alguma causa.
Qual era a sua expectativa em termo de visibilidade pro skate feminino e principalmente o amador?
Estefânia: Sobre a visibilidade, eu acho que não esteja sendo só pro iniciante, amador ou profissional, está sendo pro skate feminino. É tudo skate. Eu também tô sempre acompanhando nas redes sociais a repercussão que está tendo então eu estou vendo muitas associações, federações, muitas skate shops, muitos perfis pessoais dos caras compartilhando, então tudo isso faz parte para que o evento seja um sucesso. Tudo isso que tá acontecendo uma união gigante, a gente uniu mais de 100 marcas, juntando todas que apoiaram em cada estado.
Qual foi o saldo geral do evento, foi além da expectativa de público, de incentivo mesmo pras meninas? Na real é uma motivação para continuarem andando e agora com a possibilidade delas organizarem os seus próprios eventos porque normalmente o skate feminino fica muito a mercê dos eventos masculinos, de ter uma categoria feminina (quando tem).
Estefânia: Então, quando eu dei ideia pras meninas foi só uma sessãozinha básica ali, se reunir. Mas aí a gente conversou ali no grupo, elas foram lançando ideias e já foi tomando uma proporção maior, o que é o máximo. Sobre o que o Divas Sessions deixou pra elas, assim, muitas nunca tinham organizado um evento e elas não sabiam dessa capacidade delas então elas já disseram que se animaram pra movimentar mais a cena, organizar mais eventos. Isso é bom que despertou essa gana de não deixar morrer o skate feminino. Também tem aquela questão da valorização da premiação que não é migalha nenhuma, igual acontece muitas vezes ainda e infelizmente quando é campeonato organizado pelos caras e outra coisas conversando com elas, todo mundo saiu ganhando alguma coisinha, isso é legal.
Pra finalizar, aquele velho saaalvê!
Estefânia: Primeiramente para todas organizadoras que abraçaram a ideia sem pensar duas vezes. Aos apoiadores, patrocinadores, as mídias todas, as nacionais e locais, como é o caso da Central e amigos né, porque sem eles aqui em Cuiabá não teria acontecido, eu sempre tive o apoio deles e dessa vez não foi diferente e eu sou muito grata. Agradecer as meninas de Londrina e Porto – Portugal, que mesmo não tendo evento na cidade delas, foram lá e se reuniram para comemorar esse dia. A todos que diretamente ou indiretamente ajudaram, foram muitas energias nesse evento!
Renata Oliveli
Fonte: centralskatemag
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