sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Coletivo Cópia apresenta galeria “No Bueiro” em Brasília

LEONARDO ARRUDA/ESP. METRÓPOLES

Colagens dadaístas, lambe-lambes, grafite e expressionismo abstrato americano servem de referência para as 20 obras expostas.

Por Samara Rodrigues*,
Com a intenção de pegar elementos do dia a dia e dar um novo significado para a junção deles, as obras de arte do Coletivo Cópia ocupam a Galeria Ponto até o dia 28/2. Intitulada de “No Bueiro”, a mostra pretende compor um novo significado para o cotidiano. Além de transformar o banal em arte, a primeira exposição como coletivo de Diego Xavier e Gabriel Erckmam dá luz ao underground dos muros e dos centros urbanos.

Encontrando um meio termo entre intervenção artística em espaços públicos e a forma tradicional de expor a arte, a Ponto recebe mais de 20 obras do Coletivo. “A ideia principal foi introduzir o ambiente urbano para dentro do espaço expositivo, entrelaçar o ambiente público ao privado, demonstrando as diversas contradições contemporâneas do fazer/expor artístico além de questionar a definição do que é considerado arte” explica Diego Xavier. As obras apresentam referências de colagens dadaístas, lambe-lambes, grafite e expressionismo abstrato americano.

Confira um pouco da mostra do Coletivo Cópia sobre as lentes do nosso mano @gabrielzago. Check & Play:


Clique aqui! para acompanhar mais fotos...


Amizade das ruas
O coletivo surgiu da paixão por arte e skate nas ruas de Brasília, entre os amigos Diego Xavier e Gabriel Erckmam. Com técnicas parecidas e concepções estéticas complementares, os dois fazem intervenções artísticas em espaços públicos com cartazes e lambe-lambes. Por usarem esse tipo de material a arte da dupla torna se passageira.

“Nossa arte torna-se efêmera, o que contribui para a nossa pesquisa, caracterizando dessa forma, nosso trabalho como algo vivo, exposto ao desgaste, à transformação e mesmo à destruição”, observa Gabriel Erckmam. Para o artista, a street art em Brasília está presente nas passagens subterrâneas, viadutos, paredes de prédios, paradas de ônibus. “A maioria dos artistas é de anônimos, por tal prática ser ilegal e vinculada ao vandalismo”, completa Erckmam.

"O artista marginal impõe sua arte como identidade através dos muros da cidade, dessa forma o movimento fixado pelo artista de rua demonstra que existe alguém tem muito a dizer. Ali começa a grande democratização que esse tipo de intervenção artística carrega. A rua é a nossa galeria"
Xavier, Diego.

Galeria em ponto próprio
Com novo endereço, a Galeria Ponto se instalou numa garagem da comercial 710/711 Norte para ampliar seu espaço. Começando numa casa coworking, já passou pelo Mercado Cobogó e recentemente ocupa um lugar próprio oferecendo três serviços distintos — espaço expositivo, ateliê de fine art e espaço maker.

A galeria trabalha com exposições de fotografia e arte contemporânea. Os artistas que tiverem interesse em expor o trabalho no local devem mandar um briefing e o portfólio para o e-mail da Ponto (atendimento@galeriaponto.com.br). É possível encontrar as obras à venda no shop online.


_______________________________________________________

Fonte: Metropoles

Nenhum comentário:

Postar um comentário