quarta-feira, 5 de junho de 2013

LINIERS – QUADRINHOS E CHICAS DESNUDAS

Por: Raquel Chamis,
Raquel Chamis teve o prazer de acompanhar uma palestra com o cartunista Ricardo Liniers e nos conta agora como foi e um pouco mais sobre a trajetória deste artista.


“Sou como um dos super-heróis que desenho, cujos poderes são uma porcaria: para as garotas, minhas tiras causam apenas suspiros de fofura. Queria desenhar algo que as fizesse rosnar ferozmente”, divertiu-se o cartunista Ricardo Liniers em palestra na FestiPoa Literária, em Porto Alegre. O argentino, que diz ter tido a vida guiada por um único pensamento – chicas desnudas, ou garotas nuas em bom português –, não poupou palavras para brincar com a plateia. Até porque, diz ele, seu traço é tão ruim que precisa mesmo de boas histórias.

   É impossível a Liniers contar a própria trajetória sem debochar de si mesmo. Da criança “humilhada por não saber jogar futebol” ao adulto que trocou três vezes de faculdade (começando pela advocacia herdada do pai e terminando na publicidade), os quadrinhos foram um alívio. De Porto Alegre veio a primeira publicação de suas tiras no Brasil, com uma sorte adicional – a revista tinha tantas páginas que parecia um livro: “Olho Mágico foi importante porque tinha lombada e era pesada o suficiente para integrar a biblioteca. Só assim meus pais passaram a acreditar que eu efetivamente fazia algo da minha vida. Aos olhos deles, não era mais um vagabundo.”


   Autor de Bonjour e Macanudo, Liniers sempre teve medo de ficar preso a um personagem só – a exemplo do conterrâneo Quino e sua Mafalda. Acha que o humor é um mecanismo de defesa, e que seu limite é o público com quem está conversando. Ansioso, diz que nunca termina de pensar nas ideias que tem – a mais exaustiva delas foi ter desenhado a mão 5000 capas de livros simplesmente por querer concretizar um “feito épico”. Com histórias integrando o periódico La Nación, diz que na página de quadrinhos dos jornais sente-se em um condomínio com ótimos vizinhos. Por lá, Liniers se retrata como um coelho. Pelo mesmo motivo de sempre: chicas. “Se me desenhasse como sou, elas me achariam um monstro. Disfarçado de coelho, sei que elas me acham um amor”.


Para ver mais, basta dar uma googlada no Liniers.

Fonte: VISTA.

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