Karen Jonz costuma ser apresentada como multi-campeã de skate, vencedora de campeonatos mundiais, X Games, etc. Mas seus atributos vão muito além disso. Ela é uma personagem versátil, carismática, inquieta e talentosa em tudo que se mete a fazer. Está sempre aprontando alguma coisa, mas são tantas coisas, que chega a ser impossível acompanhar seus trabalhos. E alguns projetos como sua marca Monstra Maçã, acabam ficando em segundo plano, já que precisa honrar os compromissos com seus patrocinadores. Mas na semana passada, para mostrar que a Monstra Maçã ainda existe e tem pretensões de crescer, ela criou um canal da marca no Youtube e o estreou com uma vídeo-parte. Por email, ela contou ao blog um pouco desse projeto.
Boardslide na rua
(mahfia.tv).
Essa é sua primeira vídeo-parte?
Não. Saí no vídeo da Osiris Shoes, o “Kids of Revolution”, mas no bônus. Porque eu já não era mais ‘kid’ (risos). Depois filmei bastante pro vídeo da Vibe, mas com o que aconteceu na época – saída do Felipe Vital; as imagens ficaram guardadas e o vídeo nunca saiu.
Esse vídeo tem algumas imagens antigas, mas com manobras que continuam atuais. Porque demorou tanto tempo para lança-las?
Queria uma boa oportunidade pra mostrar, mas o tempo foi passando… E nunca acontecia nada. Isso estava na minha cabeça há muito tempo, incomodando. Eu sabia que estava em dívida com o mundo, mas ao mesmo tempo continuava aprendendo manobras novas, o que me fazia prorrogar ainda mais o lançamento. Tipo, porra, tem umas melhores agora que não estão no vídeo, mas ao mesmo tempo, as que já tem vão ficando cada vez mais velhas, porque a evolução não para. Quem já filmou skate sabe, e é assim em várias áreas. E pior pra quem é perfeccionista. Esses dias eu e o Lucas (namorado) estávamos fazendo uma música e eu falei que achava que tinha que mudar isso e aquilo. Já tínhamos enrolado um monte pra finalizar e ele falou, “Chega, vamos lançar assim”. Eu podia ficar aqui mudando 300 coisas nela e sempre achar defeito. Devo ter feito uma analogia subconsciente e entendi que tem que botar um prazo e foda-se, finalizar como estiver.
Tem planos de lançar mais vídeos em breve?
Indo de encontro com o que falei, TEM que continuar, porque nunca para. A partir do momento que lança um, o outro já está em andamento. A internet taí pra isso. Percebi que não preciso depender de nada ou ninguém pra fazer esse tipo de coisa, o que é ótimo.
Frontside feeble no CEU Butantã, em São Paulo
(Arquivo pessoal).
Você é conhecida como vert-rider, mas anda em todos os tipos de terreno. O switch heelflip dentro do tubo é estilo streeteiro. Onde que você achou esse tubo?
(Risos) Sim, tenho as minhas da manga. Todo mundo acha que eu só ando no vert, o que não é verdade. Gosto de sair sem rumo na rua sem pretensão, só de ‘lok’ mesmo (risos). As vezes dá pra aprender umas coisas e esbarrar com uns picos.
Como anda a Monstra Maçã?
Estamos trabalhando. Até por isso a escolha de lançar como o primeiro vídeo do canal do Youtube.
A trilha do clipe é um novo projeto musical seu. Fala sobre ele.
(Risos) Sim. É uma maluquice minha e do Lucas. E é a trilha sonora perfeita pros vídeos de skate. Um hardcore doce que temos feito pra nos divertir, gravando em casa e lançando aos poucos. A galera tá curtindo…
Tem muitas meninas que me perguntam sobre skates femininos. Mas você é a pessoa certa para dizer pra elas: quais skates as meninas devem usar?
Velho, eu acho que skate mesmo, que dá pra fazer manobra e tal, é igual pra ambos os sexos. Um shape com tail e nose, no máximo um 8.5”. Mais que isso já fica estranho. E as rodas também no máximo uma 58mm e truck máximo 149. Porque afinal, ninguém vai começar andando na Mega. Eu piro nos gráficos e nas cores, desenho na lixa, aquela palhaçada toda (risos).
“Skate mesmo, que dá pra fazer manobra e tal, é igual pra ambos os sexos”
– Karen Jonz.
Fonte: SKATAHOLIC.
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