O skatista amador brasiliense Carlos Junior tinha algumas manobras inéditas guardadas em seu arquivo. Luiz Paulo Aladin, seu mentor, editou e produziu um vídeo exclusivo para a Tribo Skate.
Assista ao vídeo e leia a entrevista com o skatista falando sobre a parte.
Por Sidney Arakaki
Você trabalha onde?
Trabalho num escritório de contabilidade.
Você é formado em contabilidade?
Não.
Mas esse trabalho no escritório de contabilidade é uma coisa que você quer seguir? É uma área que você quer estudar?
É uma coisa que estou pensando. Não falo certeza, mas é uma coisa que estou gostando bastante.
Como você está conciliando o trabalho com as sessões de skate?
Ando período da noite mesmo. Saio do trabalho e se estiver no gás ainda, não estiver morto, vou pra rua andar.
Dá uma resumida na sua história no skate.
Eu comecei a andar de skate quando eu tinha dez anos. Parei por dois anos quando eu tinha uns 17 e depois comecei a andar de novo. Estou com 22 anos.
Por que você parou de andar?
A galera que eu andava estava desanimada. Eu fui andando sozinho e a galera brigava comigo, não deixava eu andar e fui fazer outras coisas.
Como está a cena de skate aí em Brasília?
É da hora, tem muitos picos, muitos lugares pra andar. Só que a cena falta um pouco de mídia, falta revista local, incentivo das lojas, patrocínios de marca. É meio escasso aqui em Brasília. Mas picos pra manobrar tem muitos.
Mas com a internet, você não acha que consegue suprir essa carência de mídias locais?
Sim, com certeza. A internet ajuda a gente bastante, dá pra ser independente. Mas pra sair em grandes revistas, marcas, canal de Youtube que são bons, é mais complicado, porque a gente tem que se locomover daqui pra São Paulo, pra outros lugares, aí já gera um gasto. É complicado, pra viajar tem que trabalhar. Mas a internet ajuda a gente ser independente também. Não estou dizendo que o fato da gente de Brasília não ter incentivo, ter revista ou mídia, não quer dizer que a gente não possa fazer nada. Pode, mas eu acho que, querendo ou não, deixa o processo um pouco mais lento.
Ao mesmo tempo, Brasília é uma das cidades que todo mundo que já foi considera um dos melhores lugares pra se andar de skate no Brasil. Pra filmar e fotografar. Não tem necessidade de você ir pra São Paulo, aqui são sempre os mesmos lugares praticamente.
Eu concordo, mas querendo ou não, todos os skatistas querem ir pra conhecer.
Sim, conhecer sim.
Sair na revista, algo do tipo.
Mas aí é mais fácil algum fotógrafo da sua região mandar imagens pras revistas.
Concordo também. Mas aqui em Brasília não tem, eu não vejo acontecer essas coisas. Eu não sei nem explicar, na verdade.
Fale sobre esse vídeo que você está lançando.
Na verdade, era um projeto que sairia minha apresentação na Capital Skateboards. O (LP) Aladin começou a filmar, já com esse intuito, mas a Capital acabou que não deu certo. E aí as imagens ficaram paradas. Foi no corre de última hora e a gente fez. Foi uma coisa muito boa de se fazer.
Quando foi gravado?
Começamos a gravar em 2015. Foi uma coisa bem demorada, não foi uma coisa muito rápida.
Foi só em Brasília?
Não. Tem imagens em Campo Grande, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, só esses locais.
Foram sessões espontâneas ou especialmente pra gravar?
Não. Foi tudo espontâneo. Foi uma tour da Capital pra Belo Horizonte e em Campo Grande também. As daqui de Brasília foram mais planejadas.
Então a Capital acabou?
Sim, o Aladin parou de fabricar, está parada.
Fonte: triboskate
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