quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Lançamento Öus


Desde 1992, Flavio Samelo anda pelas ruas de São Paulo fotografando skatistas. Alguns desses skatistas eram também grafiteiros e outros pichadores, que acabavam convidando Samelo, como é conhecido, para fotografar os grafites e pichos pelas ruas da cidade. Esse foi o começo de muita coisa para o fotógrafo que acabou entrando para a arte, assim como entrou para a fotografia, através das ruas. Essas experiências acabaram levando Samelo a introduzir em suas fotografias de skate, os grafites, pichações e outros elementos urbanos que lhe chamavam a atenção nas sessions e que foi seu diferencial durante o começo de sua carreira fotográfica.

Atualmente também produz uma série de trabalhos comerciais via seu estúdio de consultoria criativa, o Flourish Estúdio, onde procura trabalhar com artistas e profissionais de vários locais do Brasil e também é Editor de Fotografia da revista Vista Skateboard Art. Como visto, uma ideia vinda de Flavio Samelo não pode deixar de ter uma dose cavalar de criatividade e com nossa colaboração não poderia ser diferente. Para apresentar o Tenente Prisma pedimos que o próprio Samelo fizesse as honras. Confira abaixo suas palavras sobre o conceito desse modelo ímpar:

A ideia do tênis veio com trabalhos que estou produzindo baseado em pesquisas sobre ótica do físico Isaac Newton. Comecei a ler o livro Opticks, que é essa pesquisa dele sobre ótica e obviamente muita coisa de fotografia que eu uso em meu trabalho veio a tona. Pesquisei sobre estudos épicos que ele produziu em meados de 1670 e tem muita relação com minhas ideias de expandir a fotografia além de seu próprio suporte, até mesmo criando um tênis com esses pensamentos e os desenhos que ele fez para exemplificar essas teorias, também são fontes de referências gráficas para minha produção, inclusive para o Tenente Prisma. Quando o Rafael e eu começamos a pensar em como aplicar essas teorias todas em um tênis, fomos encontrando soluções gráficas e técnicas na produção do modelo que teriam uma ligação clara com esses experimentos, como a refração da luz por exemplo, um dos motivos de termos escolhido a sola caixa sem cor (transparente) para que servisse como um prisma, transportando a imagem da palmilha, para o solado, sendo possível vê-la também pelo lado de fora do tênis.

O fato do Tenente Prisma ser de nobuck preto também vem dessas pesquisas, já que o fundo preto sem reflexo, era usado para excluir qualquer tipo de reflexo de luz nos experimentos e até mesmo a etiqueta na língua do tênis vem de seu exercício físico de ser transparente e ter somente as impressões coloridas, além da escrita ÖUS e FLAVIO SAMELO estarem invertidas, como se uma tivesse surgido da outra.

A imagem usada na palmilha é um retrato de um poste de luz, item muito comum nas ruas do Brasil, lugar onde o meu trabalho e as referencias da Öus, compartilham em suas respectivas histórias. As seis cores usadas na arte da palmilha e dentro da sola, representam a separação da luz branca, mas não através de um prisma e sim, através desse poste de luz, que representa muito essa realidade, como se fosse o prisma das ruas.


Flávio Samelo escolheu o Tenente reforçado com a nova sola caixa para sua primeira colaboração com a ÖUS.


Fonte: ÖUS.

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